sábado, 29 de junho de 2013

Eri



Eri


De que adiantou eu resistir tanto
Não bastasse a atração que me movia pra você
Em cada frase você me cativava mais e mais
Eu percebia que éramos laranjas do mesmo pé

Ao ver seu rosto pela primeira vez, algo aconteceu em meu coração
Minha alma já não percebia o cotidiano, queria voar para longe, num país de sonhos
Pois eu percebia em teus olhos a paz que sempre busquei
Teus costumes e teu jeito de ser eram como um ímã que se colava ao meu ser

Meus poemas se fizeram lamentos de saudade, como a recordar nosso antigo amor
Eu só tinha as recordações contidas nos escaninhos de minha memória adormecida
Com a alma presa num corpo físico, não podia reconhecer a companheira que se mostrava
Mas os laços eternos de nosso amor nos uniam pouco a pouco, eu não tinha como evitar

Falei de amores idos, de um tempo eterno que marcava meu coração
Da saudade que insistia em me visitar, como lembrando inconscientemente dum amor de alma
Assim, desde antes de falarmos um com o outro, já eras a minha inspiração
Em versos eu te chamava, em canções de amor eu te esperava

Era como um amanhecer de primavera, entre as flores dum jardim
Minha inspiração voava ao infinito...visitando a fonte de nossa origem
Motivo dos meus vôos de alma e coração, rumando ao infinito do tempo que nos une
Fogo ardente em meu amanhecer, sonhos da madrugada, sem entender do porquê já te amava

A força da atração me prendeu ali, te esperava...
Sem saber, você também me olhava
Assim, no silêncio de dois corações irmãos...nos encontramos num momento sem fim
A união se fez automática, como se nada antes existisse além de nós

Hoje sei que sempre estivesses nas letras que escrevo
Nas canções que cantava silenciosamente em segredo
Você sempre esteve em meu sorriso, em meus dias de olhar perdido no horizonte a buscar
Nunca estive feliz longe de você, hoje posso dizer que encontrei meu sonho de amor

Vamos ao infinito, com toda a esperança de um amanhã eterno...sempre juntos
Não percebemos o tempo, pois sabemos que o temos para sempre
Parte da minha fonte, nos separamos e trilhamos séculos distantes
Ascendemos hoje, já reunidos pelos laços que nos farão um só ser.

De tudo que sinto, não encontro palavra nem música que defina
Mas posso dizer-te do que encontramos de mais nobre na Terra
Expressando como um símbolo de tudo que nos une:
Amor!

Ghost


Eri:Japonês:Abençoado Prêmio.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Ser melhor...Ser.


Não fique assim por ter "perdido" a competição...Qual é mesmo o objetivo de competir? De ganhar? "Ser melhor"?
Você não é e nem se torna melhor por exibir um prêmio ou medalha...eles são apenas símbolos de um julgamento feito por outras pessoas, que estabeleceram parâmetros conforme suas próprias vivências e saberes, no mais das vezes maliciosos e viciados por rasteiros interesses.  Tanto é que existem os Jogos Paralímpicos, com parâmetros bem diferentes, pois os competidores não poderiam chegar ao mesmo resultado que os outros...Estabeleceu-se um local para que os "perdedores em potencial" também possam competir, também possam participar da voragem por medalhas que, obviamente, essas pessoas não necessitam, ninguém necessita.

Por que submeter tudo à competição? A imagem de paraíso que fazemos corresponde e um lugar de harmonia e paz. Por conseguinte, um lugar onde não há discórdias por nos acharmos melhores que ninguém, ou desejarmos ter mais que os outros, onde se é, apenas é. Como vamos "treinar" para este mundo se aqui achamos que tudo é questão de ganhar ou perder? Exercitar-se fisica e mentalmente é ótimo...mas bater-se uns contra outros é o avesso da irmandade. É Caim contra Abel, sempre, sempre, sempre...

Até mesmo nos esportes, como o futebol...o que é o futebol hoje, senão um grupo de gladiadores modernos e mercenários, que usam seus corpos contra os corpos de outros gladiadores como eles, não por gostarem de jogar, mas por dinheiro e fama? Emaranhados nos conceitos de vitória e derrota, torcidas trucidam-se mutuamente...
Nas escolas, ensinadas desde cedo a gostar de competir, seja no que for, crianças saem frustradas por não serem vencedoras, esquecendo-se de cultivar seus próprios dotes e habilidades, que nem sempre são passíveis de serem dispostos em "competições". Sim, há algo em nossas almas que não precisa ser considerado campeão disso ou daquilo...temos virtudes, habilidades e qualidades que não necessitam ser expostos em ringues e receber faixas douradas de um mundinho mesquinho e mercantilista, que com sua hipocrisia carimba uns de vencedores e outros de perdedores, sem autoridade alguma para isso.

Na verdade, todo o esporte de competição é um erro de interpretação. Toda competição é equivocada, pois nos remete a uma dualidade vencedor-perdedor que não precisaria existir entre seres fraternos. Enquanto alguém se considerar melhor que o outro, vencedor, haverá o pior, o perdedor. Por que precisamos disso? Não é suficiente sabermos que cada qual é único, e portanto não pode ser comparado, muito menos julgado? Nem os grandes Mestres nos julgam...deixam-nos viver,  não escolhem vencedores, apenas nos orientam a amar, sobre todas as coisas...e para merecer o Amor, não precisamos apresentar um diploma, uma medalha, uma taça. O Amor... só requer uma alma.

Bíndi


"É importante entender que o Buda não atingiu a iluminação porque estivesse tudo muito fácil, mas sim porque as condições em volta eram muito exigentes. Ele só atingiu a liberação porque foi capaz de ultrapassar suas próprias aflições.

Ao olhar os seres presos em coisas limitadas como campeonatos de futebol, profissões, pós-graduações, o Bodisatva sorri e tenta ajudá-los, de modo que ampliem suas próprias visões. O Bodisatva não diz que estamos perdidos, que não temos a natureza última; pelo contrario, mostra que não há solidez na prisão, que nossa natureza é livre e ilimitada, e que, portanto, podemos ultrapassar as flutuações e o sofrimento."

°°Lama Padma Samten°°
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